domingo, 30 de maio de 2010

Centro Municipal de Saúde Belizário Penna

No Rio de Janeiro existem vários Centros de Saúde. Mas essa matéria é sobre um especifico.O Posto de saúde Belizário Penna.

Não é que ele seja especial,mas é um dos poucos no Rio de Janeiro que não são divulgados e com isso os próprios moradores do Bairro acabam não o conhecendo.

O Belizário Penna, localizado em Campo Grande - zona oeste do Rio, surgiu em 19 de setembro de 1969. No começo era apenas um posto sanitário e não tinha nenhum nome. Nele os médicos só cuidavam de doenças transmissíveis.

Um ano depois, o governador do Rio de Janeiro Chagas Freitas, achou que o local era muito carente e transformou em Posto de saúde, onde incluiu novos atendimentos, como clinica médica e pediatria. O primeiro médico a atender foi o Urologista Murilo Niemayer.Muitas mudanças ocorreram na região e com isso o posto foi se modificando também para poder atender melhor aos seus pacientes.

Hoje em dia cerca de Mil pessoas são atendidos por dia em todo o posto.

Um dos primeiros funcionários do posto é o senhor Almir Alves que está lá há 41 anos e entrou quando o posto ainda era sanitário.

Seu Almir conta que no começo ajudava aos médicos a cuidar dos pacientes com HIV. Apesar de ser um trabalho perigoso, pois corria perigo de se contagiar, gostava de fazer isso e sempre dava palavras de incentivo e amor aos que necessitavam. Como ato de amizade, chegou a dar para vários pacientes o telefone da sua casa, caso eles precisassem conversar com alguém quando estivessem com algum problema.Mesmo sendo de madrugada,ele escutava as pessoas e dava conselhos com o maior prazer. Hoje em dia seu Almir espera a aposentadoria ser aceita e trabalha na parte administrativa do posto. Mas diz não ter pressa por gostar do que faz.

O clima do posto é tão agradável, que Celio Ferreira da Costa ex-funcionário, volta sempre que dá para poder rever os amigos. Celio ficou no posto durante 33 anos como agente de administração. Ele conta que teve que se aposentar porque foi obrigado, já que havia completado 70 anos de idade. Mas sempre que pode está indo lá, porque se sente bem no ambiente desse posto.

Um dos responsáveis em cuidar do Posto Belizario Penna, é o porteiro Paulo Lima Duarte, que já está lá há 4 aos.Ele conta que trabalha todos os dias de sete da manhã às cinco da tarde. Apesar de tomar conta do posto,Paulo Duarte não tem liberdade de acesso aos setores do posto. Somente os responsáveis de cada setor é que podem autorizar a retirada de algum material.

Para estimular os funcionários,todo ano é eleito o funcionário padrão. Onde são avaliadas todas as coisas que o funcionário fez durante o ano, o que se sair melhor é o escolhido. O eleito entra no site da prefeitura como forma de agradecimento pelo esforço e dedicação.

Todo posto de saúde tem o seu valor. As pessoas que o freqüenta tem que respeitar e cuidar para que ele continue por muito tempo.

Atendimentos diários no Posto de saúde.

Saúde é um assunto muito delicado,principalmente para as pessoas que tem problemas desde que nasceram.Mas para cuidar dela é preciso ir a médicos de diferentes áreas.

No Posto de Saúde Belizário Penna há mais de trinta atendimentos diferentes por dia. Como por exemplo: Clinica Médica, Ginecologia,Pediatria,Epidemiologia,Neurologia, Fisioterapia, Cardiologia,Farmácia,Ultasonografia,Infectologia entre outros.

Uma das áreas mais procuradas do posto é a odontologia.O atendimento é feito geralmente por 5 dentistas com a ajuda de duas técnicas de saúde bucal.

Cleonice Casemiro de 38 anos (De branco na foto ao lado) é uma das técnicas de saúde bucal,ela diz que para a pessoa marcar uma consulta é preciso antes participar do grupo de acolhimento para tratamento bucal que acontece as sextas-feiras. Onde o dentista ensina como cuidar da saúde bucal.Depois desse procedimento,o paciente faz um exame bucal e depois vai para a atenção básica e conforme a sua necessidade é encaminhado para o atendimento especializado.

Todas as pessoas podem se consultar, há diferentes especialidades da odontologia.Desde atendimentos para crianças e idosos.


Ortopediatria - Uma das dentistas atendendo a uma criança

Outro atendimento do posto é a psicologia.
A psicóloga Isabel Cristina (De preto na foto ao lado) que está no posto há oito anos diz que a psicologia é feita com hora marcada, mas que também há encaixes. O paciente é analisado e de acordo com o grau do problema é encaminhado para outra consulta, em grupo ou individual. Os atendimentos são feitos somente para pessoas que vivem nas regiões cadastradas do posto.

Algumas pessoas não sabem, mas no Posto de saúde também há programas de saúde criados pela prefeitura do Rio de Janeiro. Um deles é o Bolsa família.

Uma das responsáveis pela avaliação do Bolsa Família no Belizário Penna é a enfermeira Tânia Maria da Silva (De branco ao lado). As famílias cadastradas dessa região tem que ir ao posto para uma avaliação de saúde.Se precisar de algum cuidado especial,a enfermeira encaminha para o médico especifico do problema.Caso a pessoa não marque a consulta indicada,pode perder o bolsa família durante três meses e só provando que foi ao médico é que se reintegra no programa.

Tânia Maria diz que muitas pessoas vão ao posto para serem avaliadas,mas muitas dessas não pertencem a região cadastrada e com isso acabam não sendo atendidas,ou então são atendidas,mas para serem encaminhadas ao posto mais perto da sua região. No Belizário Penna estão cadastradas cerca de 1060 famílias.

Como podemos ver,há diversos atendimentos no Posto de Saúde. Quem quiser se consultar é só ir a portaria do posto e perguntar o que é preciso fazer. Já que cada consulta tem procedimentos de marcação diferentes.
O Posto Belizário Penna fica na rua Franklin,29,no bairro São Cláudio em Campo Grande.

Caso você more perto, não deixe de se consultar.É melhor se prevenir do que deixar para se cuidar em cima da hora.

domingo, 23 de maio de 2010

Campanhas de Vacinação

Nos Postos de Saúde além dos serviços oferecidos todos os dias,há também as campanhas de Vacinação. Que ocorrem de acordo com a ordem do Ministério da Saúde. As campanhas são feitas em épocas diferentes, existem várias, como a campanha da gotinha, da gripe normal, de raiva em cachorros,da febre amarela,da gripe H1N1 entre outras.

Atualmente a campanha de vacinação da Gripe H1N1 é que está ocorrendo em todo o Brasil. Essa gripe surgiu no México em abril de 2009 e chegou a outros países através dos turistas, que iam a um país infectado e voltavam contaminado para o seu país, muitas pessoas morreram.

A fabricação da vacina contra essa gripe demorou a ser feita, pois era um vírus novo e não sabiam o que fazer para evitar que ela se prolifera-se cada vez mais. No final de 2009 os testes com a vacina foram finalizados e no começo desse ano começou a distribuição para os países contaminados.

A campanha está acontecendo desde março e foi dividida de acordo com a faixa etária de idade. (Foto acima: Vacinas no Posto de Saúde)

No Posto de Saúde Belizário Penna a vacinação ocorre todos os dias, menos aos domingos e é aplicada pelos técnicos de enfermagem que passam um ano e seis meses fazendo um curso preparatório para esses procedimentos.

Uma das técnicas é Bianca Ferreira (De branco na foto ao lado), ela diz que a campanha de vacinação da gripe H1N1 foi a que mais encheu até agora, de todas as pessoas que já se vacinaram os idosos são os que mais aparecem no posto, principalmente para pedir informação antes de se vacinar. Diz também que muitas pessoas têm procurando o posto para saber se na hora de tomar a vacina doe e se depois de alguns dias acontece alguma coisa. Geralmente algumas pessoas que vão se vacinar comentam que conhecidos disseram que essa vacina faz mal e que doe muito depois de dois dias. Mas esses que tomaram a vacina,acabam voltando dias depois para dizer que não sentiram nada.

O administrador Paulo Roberto Marques foi se vacinar depois de muita insistência da sua família, ele dizia que essa vacina não era confiável e com isso tinha medo de tomar.Mas depois de saber que algumas pessoas morreram por não ter tomado a vacina ele resolveu ir ao posto.Para ele as campanhas de vacinação tinham que ser mais divulgadas,algumas não têm nenhuma divulgação.

No final das contas ele até deixou ser filmado tomando a vacina.




Os jovens são os que mais têm medo das vacinações, eles acham que vão ficar doentes ou que vão contrair alguma virose. Mas não são todos que pensam dessa maneira, o estudante de engenharia Hugo Alberto Souza de 20 anos foi se vacinar sem que ninguém falasse para ele ir. Ele disse que a campanha de vacinação é muito importante e que é uma maneira de ajudar o país a crescer evitando epidemias.

Todos os jovens tinham que seguir a idéia dele e irem se vacinar.






segunda-feira, 29 de março de 2010

Todo mundo tem o direito de estudar.

Estudar e brincar são coisas simples da vida. Todas as crianças têm o direito de ter esses privilégios. Mas infelizmente algumas são deficientes e com isso fica mais difícil ter oportunidades e disponibilidades na hora de fazer certas coisas. Com a conferência Mundial sobre necessidades educacionais especiais, que aconteceu na cidade de Salamanca na Espanha em junho de 1994, originou- se a Declaração de Salamanca. E em virtude disso, a prefeitura do Rio de Janeiro através da secretaria municipal de educação e do Instituto Helena Antipoff criou o cargo de professor itinerante, para dar apoio técnico educacional a escolas comuns que tenham no seu quadro de matrícula alunos com necessidades educacionais especiais incluídos em turmas regulares. Esses profissionais precisam ter feito pós-graduação na área de educação especial para exercer esse cargo. Nas escolas os alunos especiais são inscritos em turmas regulares onde possuem contato com outras crianças, os professores itinerantes acompanham as aulas para tirar dúvidas e aplicar provas aos alunos especiais.

A professora itinerante Valéria Cruz que foi convidada pelo Instituto Helena Antipoff em 1994 para dar aulas as crianças especiais nós dá algumas explicações sobre esse assunto:

01- Inscrição de alunos portadores de deficiência nas escolas.

Todos os alunos fazem o mesmo procedimento na hora da matrícula, a única diferença é que não são todas as escolas que aceitam alunos especiais. Os familiares dessas crianças devem entrar em contato com as escolas próximas de suas casas para saber se é possível. É preciso informar a direção da escola que a criança tem uma deficiência para que ela seja encaminhada a uma turma regular - turma onde há crianças com e sem deficiência. Caso não haja escolas por perto que aceite, é preciso ir a CRE - Coordenação Regional de Educação, e informar o que esta acontecendo, a CRE então vai procurar uma escola pela redondeza que aceite. Vale ressaltar que às vezes a escola não aceita pelo fato de não ter um professor itinerante no seu corpo docente.

02- Método de ensino para crianças especiais.

As crianças que são integradas em turmas regulares não necessitam de um método diferenciado, o que elas necessitam são de adaptações para facilitar o acesso a este. Elas aprendem como outras crianças qualquer apenas apresentam características sensoriais que dificultam para o outro entender a sua resposta. Uma das diferenças é na hora das provas, elas são feitas individualmente, em algumas escolas são aplicadas em até 3 crianças ao mesmo tempo.Mas o melhor é ser uma de cada vez parar poder dar mais atenção ao aluno.

03- Aceitação nas escolas pelo corpo docente.

Antigamente as crianças diferentes eram rejeitadas pelas pessoas ao entrarem nas escolas porque alguns diretores e professores não sabiam ao certo como lidar com deficientes físicos, principalmente crianças. Mas após serem devidamente orientados passaram a receber esses alunos com satisfação e ao final do curso esqueciam até que aquele aluno era diferente. Alguns professores diante de alunos normais que apresentavam a rebeldia da adolescência, diziam que preferiam ter 10 alunos especiais na turma do que alguns com comportamento agressivo.

04- Dificuldade que professores regentes têm ao lidar com os alunos especiais.

Inicialmente o professor regente tem de entender que, por exemplo, parte motora não esta intimamente conectada com parte cognitiva, isto é mesmo sendo tetraplégica, a criança ainda pode ter seu cérebro com condições de raciocínio lógico. Ele tem que saber também conversar com os alunos especiais e principalmente, passar para a turma que o aluno diferente também pode ser amigo de todos,eles só precisam de carinho e atenção.
*Para os professores que querem tirar dúvidas de como agir nesses casos,vejam o slide "Ser professor de Educação Especial", da Drª Ana Ferreira.


05- Convivência das crianças especiais com as outras crianças.

Eles convivem muito bem. As crianças que não tem problemas físicos quererem ajudar as que têm. Eles tentam tirar as dúvidas deles, fazem amizades, brincam e conversam, mesmo muito vezes não conseguindo se expressar bem. É claro que sempre têm aqueles que não gostam e que não querem dividir a atenção da professora, mas no fundo eles acabam cedendo e entendendo. O que me impressiona é que os deficientes físicos são mais acolhidos pelas crianças do que pelos adultos.

Entre tantas crianças com deficiência física está a aluna da professora Valéria Cruz, Aline Braga Antunes de 14 anos, uma menina que já passou por muitos problemas na vida. Aos 3 anos seu pai saiu de casa, aos 5 anos sua mãe morreu de tuberculose, sem ter pra onde ir foi morar em um abrigo e depois de muito tempo uma tia resolveu levá-la para sua casa. A professora Valéria Cruz diz que Aline não tem problema para aprender as coisas, entretanto tem dificuldades na parte motora, por não ter tido a oportunidade de fazer fisioterapia quando criança. Além disso, ela tem um pouco de problema na visão e precisa usar óculos. Apesar dos problemas da vida Aline, diz ser muito feliz. Como podemos ver nesse vídeo de uma aula sobre a importância de escovar os dentes.

Todas as crianças têm a chance de estudar e ser alguém na vida, não importa a classe, a cor e principalmente a deficiência. O que importa é só querer aprender e ter gente para ensinar. De acordo com o MEC não pode haver discriminação com as pessoas que querem aprender,todos têm que ter os mesmos privilégios.